10 de Dezembro é o dia do nascimento de duas mulheres muito importantes para a área de computação: Ada Lovelace e Grace Hopper, hoje quero falar sobre a segunda, desde que lí essa história na lista do Linuxchix Brasil, nunca mais esqueci, e resgatei a história no blog da Sulamita Garcia, num post de 2006, que reproduzo abaixo.
Grace Brewster Murray
nasceu em Nova York, e chegou ao PhD em Matemática em 1934, com a tese
“Novos critérios de irredutibilidade”(relacionado a polinômios). Seus
feitos mais memoráveis são a criação do primeiro compilador, e o Cobol, que segundo o Wikipedia foi inspirado no FLOW-MATIC(de autoria dela), a primeira linguagem de programação a se aproximar da linguagem humana ao invés da linguagem de máquina.
Porém, em uma visita ao Brasil, tivemos a honra de conhecer algumas outras histórias curiosas
a respeito dela de alguem que a conheceu pessoalmente e esteve em uma
de suas palestras, Jon Hall Maddog. A primeira é que ela dizia que era
melhor pedir desculpas que pedir permissão. Quando você queria fazer
alguma coisa, se você dissesse ao seu chefe “posso fazer tal coisa, será
bom por isto isto e isto”, geralmente ele vai pedir que vc preencha um
relatorio, escreva porque seria bom, qual a previsão, o cronograma, as
consequencias… O invés disso, você vai lá e faz. E quando vierem dizer
“mas você fez isto!” você diz “desculpe, fiz, mas olha como ficou
legal!”. Deve ter funcionado com ela, pois ela tentou se aposentar pelo
menos 5 vezes(ela se aposentava e eles a chamavam novamente para o
trabalho).
Outra foi sobre os nano e pico segundos. Ela é do tempo daqueles
computadores enormes, que processavam informações em segundos ou
centésimos de segundos. Ela certa vez conversando com um cadete estava
falando: “sabe, eu posso entender o que é um centesímo de segundo, até
mesmo um milésimo de segundo, mas não consigo entender um nanosegundo.
Faz o seguinte, me arrume um nanosegundo”. Ele perguntou “como,
oficial?” e ela repetiu “me arrume um nanosegundo”. Ele acatou, e
frequentemente quando ela o encontrava, ela cobrava novamente “e o meu
nanosegundo? Eu não vou esquecê-lo, me consiga um nanosegundo”. Meses
depois, este cadete vem até ela e entrega uma folha de papel. Ela
pergunta “o que é isto?” ele diz “isto é o seu nanosegundo. Esta é a
distância que a luz percorre em um nanosegundo”. Ela ficou encantada, e
como sempre fazia palestras sobre computação, passou a distribuir
nanosegundos nas palestras: folhas de papel de 29.9792458 cm(segundo o
wikipedia a medida que a luz percorre em um nanosegundo é esta). Alguns
anos depois, ela encontrou este mesmo cadete, mas agora ele já era capitão. Ela disse “sabe, você fez um
trabalho tão bom aquela vez com o nanosegundo, será que você conseguiria
para mim um picosegundo?” Desta vez ele levou menos de um dia,
aparecendo no outro dia com uma semente de pimenta preta, e a depositou
sobre a mesa. Ele diste “este é o seu picosegundo. Em um picosegundo, a
luz vai de um lado a outro desta semente.” A partir de então, ela passou
a distribuir picosegundos nas suas palestras, e segundo Maddog, ele
ainda tem o dele guardado.
Obrigada Almirante, por seu exemplo nos encorajar e servir de inspiração a todos.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário